quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Prosa no Romantismo : Indianismo e Regionalismo

Por : Andrey Pellogia, Gabriel Ferro, Isabela Lima e Lucas Souza

Indianismo:

·       Conceito
O Romance Indianista traz o índio e os costumes indígenas, como foco literário. Considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, o índio era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos.


·       Momento Histórico
Um dos fatos que estimulou o surgimento do Romantismo no Brasil foi a proclamação da independência em 1822, que, por sua vez, iniciou a definição da identidade brasileira. Conhecidos também como nativistas povoam seus romances e versos de índios que correm livres em seu meio natural e belo. É importante lembrar, que a preocupação romântica não era reconstituir uma verdade histórica, mas sim encontrar valores apresentáveis a seu público leitor, que na Europa era o cavaleiro medieval, e no Brasil, o índio.
Assim, a primeira vaga da literatura e filosofia sobre a nacionalidade brasileira (a que podemos chamar "nacionalista" ou "indianista"), é marcada pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, influências do medievalismo romântico, criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação "geração indianista". O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes.


·       Autores e Obras
O indianismo fez de certos romances excelentes documentos históricos. José de Alencar é o nosso mais representativo autor indianista, como nos provam os dois melhores romances que escreveu O Guarani e Iracema (a mais bela lenda indígena transformada em prosa). Mais modernamente, o indianismo é visível em Macunaína, de Mário de Andrade; Cobra Norato, de Raul Bopp e Martin Cerrerê, de Cassiano Ricardo, I-Juca-Pirama de Gonçalves Dias, entre outras.



Regionalismo:
·       Conceito
O Romance Sertanejo ou Regionalista (tipicamente brasileiro) aborda questões sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil, destacando suas características. Foi à atração pelo pitoresco e o desejo de explorar e investigar o Brasil do interior, que fizeram os autores românticos se interessarem pela vida e hábitos das populações que viviam distantes das cidades.

·       Momento Histórico
            Ao longo do século XIX, surgem escritores voltados à produção de obras saudosistas, que se propõem a realizar uma retomada romântica do Brasil dos séculos XVI, XVII e XVIII.
No começo do século XX a matéria rural voltou a ser tomada a sério, assumida nos seus precisos contornos físicos e sociais dentro de uma concepção mimética de prosa. É o caso do regionalismo de Valdomiro Silveira e de Simões Lopes Neto, que resultou de um aproveitamento literário das matrizes regionais.
Simões Lopes Neto chega a transpor para o português escrito a linguagem própria do gaúcho, com termos castelhanos e expressões características. Algo muito semelhante faz os Modernistas, ao buscar no interior do país a síntese do próprio Brasil. Macunaíma, de Mário de Andrade, também transpõe a linguagem do brasileiro – no caso, do nortista e do nordestino – com termos indígenas e expressões populares.
Mais tarde, em Guimarães Rosa, o regionalismo sofre uma metamorfose que o trará de novo ao cerne da ficção brasileira. É a permanência e transformação do regionalismo no Romance de 30 de escritores como o baiano Jorge Amado, o gaúcho Erico Verissimo, o paraibano José Lins do Rego e o alagoano Graciliano Ramos.
Contemporaneamente, alguns textos (especialmente os de investigação histórica) preservam matizes fortes de regionalismo, como no caso dos gaúchos Luiz Antônio de Assis Brasil, Fernando Neubarth, Valesca de Assis, Pedro Stiehl.

·       Autores e Obras
Bernardo Guimarães foi um dos iniciadores do regionalismo romântico com a publicação de O Ermitão de Muquém (1869), seguido por Visconde de Taunay escritor de Inocência e Franklin Távora com sua obra mais conhecida chamada O Cabeleira. Uma safra de bons escritores continuou a retratar o homem no ambiente das zonas rurais, com seus problemas geográficos e sociais. Por exemplo: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Jorge Amado, entre outros.

·       Conclusão
        Neste trabalho expomos de maneira clara, as principais características do Indianismo e Regionalismo, de forma que fique fácil a compreensão sobre os dois assuntos, abordando pontos chaves e principais autores que compuseram esses dois períodos que marcaram de forma importantíssima a história do nosso país. O grupo, em geral, participou da formação do trabalho, cada um pesquisando e juntando informações 


Um comentário:

  1. Eu gostei do texto. Só que eu achei que o assunto ficou um pouco vago, eu estava procurando ao mais aprofundado sobre o indianismo. Mas fora isso o texto ficou ótimo!

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