quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Indianismo e Regionalismo

Por : Julia Rangel, Monira Campos, Thalita Oliveira, Isabela Moya e Gabriela Lopes



Na literatura brasileira, o termo Indianismo faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como herói nacional. Foi uma das peculiaridades do Romantismo no Brasil, possuindo ainda menor extensão nas artes plásticas durante o século XIX.


Conceito -
 O indianismo é marcado pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, influências do medievalismo romântico, criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação "geração indianista". O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores, destacam-se Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto.
O líder do movimento Indianista no Brasil foi o cacique Touro Sentado da tribo dos Pataxós.

Beato José de Anchieta -


José de Anchieta (San Cristóbal de La Laguna, 19 de março de 1534 — Iriritiba, 9 de junho de 1597) foi um padre jesuíta espanhol, um dos fundadores de São Paulo e declarado beato pelo papa João Paulo II. É cognominado de Apóstolo do Brasil.
Obras -
- "De gestis Mendi de Saa" ("Os feitos de Mem de Sá") impressa em Coimbra em 1563, retrata a luta dos portugueses, chefiados pelo governador-geral Mem de Sá, para expulsar os franceses da baía da Guanabara onde Nicolas Durand de Villegagnon fundara a França Antártica. Esta epopeia renascentista, escrita em latim e anterior à edição de "Os Lusíadas", de Luís de Camões, é o primeiro poema épico da América, tornando-se assim o primeiro poema brasileiro impresso e, ao mesmo tempo, a primeira obra de Anchieta publicada.
- "Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil" impressa em Coimbra em 1595 por Antonio de Mariz. É a primeira gramática contendo os fundamentos da língua tupi. Apresenta folha de rosto com o emblema da Companhia de Jesus. Desta edição conhecem-se apenas sete exemplares, dois dos quais encontram-se na Biblioteca Nacional do Brasil: o primeiro pertenceu ao imperador D. Pedro II (1840-1889) e o outro é oriundo da coleção de José Carlos Rodrigues. Constituindo-se na sua segunda obra publicada, é ainda a segunda obra dedicada a línguas indígenas, uma vez que, em 1571, já surgira, no México, a "Arte de la lengua mexicana y castellana" de frei Alonso de Molina.
Gonçalves Dias -


Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de Jatobá, a 14 léguas de (Caxias. Aos 41 anos morreu em um naufrágio do navio Ville Bologna próximo a região de Baixos dos Atins no município de Tutóia, próximo aos Lençóis maranhenses, em 3 de novembro de 1864. Apesar de ser Advogado de formação é conhecido muito mais como Poeta e etnógrafo, tendo uma relevância para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro teatrólogo. Teve uma atuação muito importante enquanto Jornalista.
Obras -
- Primeiros Cantos, Rio de Janeiro, Laemmert, 1846. - Leonor de Mendonça, Rio de Janeiro, J. Villeneuve & Cia, 1846. - Segundos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia Classica, 1848. (contém às Sextilhas de Frei Antão). - Meditação (fragmentos in Guanabara, Rio de Janeiro, Ferreira Monteiro, 1848. (publicada completo postumamente). - Últimos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia de F. de Paula Brito, 1851. - Cantos: collecção de poezias,2ª ed. Leipzig, Brockhaus, 1857. (todos os poemas e 16 inéditos). - Os Tymbiras, Leipzig, Brockhaus, 1857. - Dicionácio da Língua Tupi, Leipzig, Brockhaus, 1858.
Momento Histórico -
       Os romances românticos no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou regionalistas. No romace indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade e era altamente idealizado. Como umsímbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígena, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.
                                 Regionalismo

Regionalismo é o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região geográfica, decorrentes da cultura lá existente. Uma de suas principais expressões é o dialeto. A Regionalidade no Brasil é muito diferenciada. As principais culturas são as várias culturas europeias, a cultura africana e a cultura indígena, ou até a mistura delas. Devido ao fato de a povoação do Brasil ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto incorporou diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a diferentes dialetos, diferentes modos de expressar ou representar uma mesma idéia ou história, um mesmo sentimento ou conceito.
Conceito -
O regionalismo é uma manifestação ideológica, marcada pôr uma identidade social imposta. Como força política, apresenta a possibilidade de mobilizar a sociedade em torno de um dado interesse ou de um projeto identitário da região. O regionalismo manifesta-se pôr porta-vozes, as lideranças regionais, que são legitimadas a falar em nome do grupo.Bourdieu se refere ao regionalismo como uma manifestação étinico-cultural, mas é possível analisa-la com uma óptica política, de um jogo de dominação. A identidade “consensual” podendo ser interpretada como uma afirmação das relações de poder, sendo ela a manifestação de uma visão da classe hegemônica. O regionalismo é uma expressão da luta de classe dentro do território, representando as manifestações hegemônicas ideológicas.O fenômeno do regionalismo possibilita uma abordagem dos elos entre os processos e relações internos à região e os externos a ela. A noção de região é bem delimitada pelo regionalismo, portanto, podemos afirmar que o regionalismo proporciona a legitimidade de uma região.
José de Alencar -

José Martiniano de Alencar (Fortaleza, no bairro Messejana, 1 de maio de 1829 — Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro.Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Filho do senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.
Obras -
- Cinco Minutos, 1856 - MeuKior, 1856 - A viuvinha, 1857 - O guarani, 1857 - Lucíola, 1862 - Diva, 1864 - Iracema, 1865 - As minas de prata - 1º vol., 1865 - As minas de prata - 2.º vol., 1866 - O gaúcho, 1870 - A pata da gazela, 1870 - O tronco do ipê, 1871 - Guerra dos mascates - 1º vol., 1871 - Til, 1871 - Sonhos d'ouro, 1872 - Alfarrábios, 1873 - Guerra dos mascates - 2º vol., 1873 - Ubirajara, 1874 - O sertanejo, 1875 - Senhora, 1875 - Encarnação, 1877
Visconde de Taunay -

Alfredo d’Escragnolle Taunay nasceu no Rio de Janeiro, em 1843. Estudou Humanidades no Colégio Pedro II e cursou Ciências Físicas e Matemáticas na Escola Militar. Foi nomeado segundo-tenente e participou da guerra do Paraguai, além de campanhas militares. No Rio de Janeiro publicou a primeira parte da obra A retirada da Laguna sobre a guerra com o Paraguai e a retirada dos brasileiros em razão da derrota.
Obras - A mocidade de Trajano (1871) - Inocência (1872); - Lágrimas do coração (1873); - Ouro sobre azul (1875); - A retirada da Laguna (1872 em português).
Momento Histórico -
O Brasil na década de 30 passava por uma série de mudanças visando à urbanização, porém ao mesmo tempo em que São Paulo e Rio de Janeiro se expandiam e modernizavam e tinham seus costumes influenciados pela cultura européia já a sociedade rural mantinha traços arcaicos. Essa também era a época em que romances eram publicados em folhetins, portanto os autores mostrariam esse lado mais rural brasileiro, afastado do centro imperial que preservava a cultura e costumes anteriores para o centro que estava se expandindo.

                                        Conclusão
O indianismo e regionalismo, têm uma grande importância pois o indianismo mostra a beleza da natureza e o Brasil intocado pela civilização e o regionalismo formou uma identidade nacional. Contando vários tipos  de pessoas do Brasil. Mostra os costumes regionais e a diferença das sociedades rurais com os da corte. Deixaram obras importantes.O indianismo e o regionalismo foram importantes para a literatura brasileira porque  no indianismo construía a imagem do herói e desenvolvia a imagem do Brasil, o regionalismo demonstra a vida das pessoas de diversas regiões do País.


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