Na literatura
brasileira, o termo Indianismo faz referência à idealização do indígena, por
vezes retratado como herói nacional. Foi uma das peculiaridades do Romantismo
no Brasil, possuindo ainda menor extensão nas artes plásticas durante o século
XIX.
Conceito
-
O indianismo é marcado pela exaltação da
natureza, volta ao passado histórico, influências do medievalismo romântico,
criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação
"geração indianista". O sentimentalismo e a religiosidade são outras
características presentes. Entre os principais autores, destacam-se Gonçalves
de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto.
O líder do
movimento Indianista no Brasil foi o cacique Touro Sentado da tribo dos
Pataxós.
Beato
José de Anchieta -
José de
Anchieta (San Cristóbal de La Laguna, 19 de março de 1534 — Iriritiba, 9 de
junho de 1597) foi um padre jesuíta espanhol, um dos fundadores de São Paulo e
declarado beato pelo papa João Paulo II. É cognominado de Apóstolo do Brasil.
Obras
-
- "De
gestis Mendi de Saa" ("Os feitos de Mem de Sá") impressa em
Coimbra em 1563, retrata a luta dos portugueses, chefiados pelo
governador-geral Mem de Sá, para expulsar os franceses da baía da Guanabara
onde Nicolas Durand de Villegagnon fundara a França Antártica. Esta epopeia
renascentista, escrita em latim e anterior à edição de "Os Lusíadas",
de Luís de Camões, é o primeiro poema épico da América, tornando-se assim o
primeiro poema brasileiro impresso e, ao mesmo tempo, a primeira obra de
Anchieta publicada.
- "Arte de
gramática da língua mais usada na costa do Brasil" impressa em Coimbra em
1595 por Antonio de Mariz. É a primeira gramática contendo os fundamentos da
língua tupi. Apresenta folha de rosto com o emblema da Companhia de Jesus.
Desta edição conhecem-se apenas sete exemplares, dois dos quais encontram-se na
Biblioteca Nacional do Brasil: o primeiro pertenceu ao imperador D. Pedro II
(1840-1889) e o outro é oriundo da coleção de José Carlos Rodrigues.
Constituindo-se na sua segunda obra publicada, é ainda a segunda obra dedicada
a línguas indígenas, uma vez que, em 1571, já surgira, no México, a "Arte
de la lengua mexicana y castellana" de frei Alonso de Molina.
Gonçalves
Dias -
Antônio
Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, no sítio Boa Vista, em terras de
Jatobá, a 14 léguas de (Caxias. Aos 41 anos morreu em um naufrágio do navio
Ville Bologna próximo a região de Baixos dos Atins no município de Tutóia,
próximo aos Lençóis maranhenses, em 3 de novembro de 1864. Apesar de ser
Advogado de formação é conhecido muito mais como Poeta e etnógrafo, tendo uma
relevância para o teatro brasileiro, tendo escrito quatro teatrólogo. Teve uma
atuação muito importante enquanto Jornalista.
Obras
-
- Primeiros
Cantos, Rio de Janeiro, Laemmert, 1846. - Leonor
de Mendonça, Rio de Janeiro, J. Villeneuve & Cia, 1846. - Segundos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia Classica,
1848. (contém às Sextilhas de Frei Antão). - Meditação
(fragmentos in Guanabara, Rio de Janeiro, Ferreira Monteiro, 1848. (publicada
completo postumamente). - Últimos Cantos, Rio de
Janeiro, Typographia de F. de Paula Brito, 1851. -
Cantos: collecção de poezias,2ª ed. Leipzig, Brockhaus, 1857. (todos os poemas
e 16 inéditos). - Os Tymbiras, Leipzig,
Brockhaus, 1857. - Dicionácio da Língua Tupi,
Leipzig, Brockhaus, 1858.
Momento
Histórico -
Os romances românticos no Brasil podem
ser classificados como indianistas, urbanos ou regionalistas. No romace
indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma
autêntica expressão da nacionalidade e era altamente idealizado. Como umsímbolo
da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o
não capitalista além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos.
Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem
indígena, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.
Regionalismo
Regionalismo
é o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região
geográfica, decorrentes da cultura lá existente. Uma de suas principais
expressões é o dialeto. A Regionalidade no Brasil é muito diferenciada. As
principais culturas são as várias culturas europeias, a cultura africana e a
cultura indígena, ou até a mistura delas. Devido ao fato de a povoação do
Brasil ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral
nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço
cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do
português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira
a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto
incorporou diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a
diferentes dialetos, diferentes modos de expressar ou representar uma mesma
idéia ou história, um mesmo sentimento ou conceito.
Conceito
-
O
regionalismo é uma manifestação ideológica, marcada pôr uma identidade social
imposta. Como força política, apresenta a possibilidade de mobilizar a
sociedade em torno de um dado interesse ou de um projeto identitário da região.
O regionalismo manifesta-se pôr porta-vozes, as lideranças regionais, que são
legitimadas a falar em nome do grupo.Bourdieu se refere ao regionalismo como
uma manifestação étinico-cultural, mas é possível analisa-la com uma óptica
política, de um jogo de dominação. A identidade “consensual” podendo ser
interpretada como uma afirmação das relações de poder, sendo ela a manifestação
de uma visão da classe hegemônica. O regionalismo é uma expressão da luta de
classe dentro do território, representando as manifestações hegemônicas
ideológicas.O fenômeno do regionalismo possibilita uma abordagem dos elos entre
os processos e relações internos à região e os externos a ela. A noção de
região é bem delimitada pelo regionalismo, portanto, podemos afirmar que o regionalismo
proporciona a legitimidade de uma região.
José
de Alencar -
José
Martiniano de Alencar (Fortaleza, no bairro Messejana, 1 de maio de 1829 — Rio
de Janeiro, 12 de dezembro de 1877) foi um jornalista, político, advogado,
orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo
brasileiro.Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio
Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Filho do
senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel
Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.
Obras
-
- Cinco
Minutos, 1856 - MeuKior, 1856 - A viuvinha, 1857 - O
guarani, 1857 - Lucíola, 1862 - Diva, 1864 - Iracema,
1865 - As minas de prata - 1º vol., 1865 - As minas de prata - 2.º vol., 1866 - O gaúcho, 1870 - A
pata da gazela, 1870 - O tronco do ipê, 1871 - Guerra dos mascates - 1º vol., 1871 - Til, 1871 - Sonhos
d'ouro, 1872 - Alfarrábios, 1873 - Guerra dos mascates - 2º
vol., 1873 - Ubirajara, 1874 - O sertanejo, 1875 - Senhora,
1875 - Encarnação, 1877
Visconde
de Taunay -
Obras
- A
mocidade de Trajano (1871) - Inocência (1872); - Lágrimas do coração (1873); -
Ouro sobre azul (1875); - A retirada da Laguna
(1872 em português).
Momento
Histórico -
O Brasil na
década de 30 passava por uma série de mudanças visando à urbanização, porém ao
mesmo tempo em que São Paulo e Rio de Janeiro se expandiam e modernizavam e
tinham seus costumes influenciados pela cultura européia já a sociedade rural
mantinha traços arcaicos. Essa também era a época em que romances eram publicados
em folhetins, portanto os autores mostrariam esse lado mais rural brasileiro,
afastado do centro imperial que preservava a cultura e costumes anteriores para
o centro que estava se expandindo.
Conclusão
O indianismo
e regionalismo, têm uma grande importância pois o indianismo mostra a beleza da
natureza e o Brasil intocado pela civilização e o regionalismo formou uma
identidade nacional. Contando vários tipos
de pessoas do Brasil. Mostra os costumes regionais e a diferença das
sociedades rurais com os da corte. Deixaram obras importantes.O indianismo e o
regionalismo foram importantes para a literatura brasileira porque no indianismo construía a imagem do herói e
desenvolvia a imagem do Brasil, o regionalismo demonstra a vida das pessoas de
diversas regiões do País.
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