Romance Romântico: Indianismo e Regionalismo

    Por : Tatiana Netto e Dhara Paranhos

     Neste trabalho, solicitado pela professora Silvia, iremos apresentar as características, momento histórico, autores e obras do respectivo tema . Vamos falar do índio como personagem dos romance, a recepção do público, a divisão da formação do povo brasileiro, entre outros. Logo depois daremos a conclusão do trabalho, nossa análise pessoal, assim fechando o trabalho do terceiro trimestre .

- Conceito

      Romantismo indianismo : tem como principal característica o índio como personagem dos romances, se tornando um símbolo nacionalidade, assim ajudando a construir uma identidade ao país. Essa escolha foi muito influenciada pelo olhar dos viajantes estrangeiros que percorreram o Brasil em expedições.

      O índio é visto como forte, corajoso, ágil e que tem plena consciência de suas habilidades, além disso é caracterizado como selvagem, uma referência não só ao seu povo, mas também a sua natureza livre e heróica. A onça é o animal mais representado e citado  em uma  das obras desse tema, estão nessas histórias para lutar com os índios que assim ganhando, passa a ter uma imagem de herói.

     O romance indianista cumpriu um grande projeto literário, ao fornecer aos leitores brasileiros obres em que o passado histórico do país fosse reconstituído.  Outra marca, foi a apresentação dos protagonistas com base nas características da natureza exuberante, assim os traços nacionalistas ficam mais reforçados.

     Nessas histórias, é fácil reconhecer a estrutura típica dos romances históricos europeus no qual a palavra muito usada nessa corrente foi : exuberância.  A recepção do público foi a melhor, pois respondia de modo direto ao gosto da época.

     

        Romance regionalismo:  uma escola literária que surgiu em meados do século XIX no Brasil. Suas obras buscavam retratar regiões do país mais  afastadas da capital, como o sertão nordestino e os Pampas gaúchos, descrevendo as paisagens e os costumes da população local. A fixação do novo projeto literário vai aos poucos conquistando o território nacional, pelas mãos de autores conhecidos .

      Porém , esse Brasil que surge nas mãos dos escritores é um país idealizado, construído por um olhar romântico. O  público era moradores de classe média dos centros urbanos, principalmente do Rio de Janeiro. Os Romances regionais eram publicados primeiramente em folhetins nos jornais e se fizessem sucesso eram organizados em um livro.

       O personagem que  recebe destaque era o homem, enquanto a mulher tem papel secundário, o gaúcho, o sertanejo. Os personagens são retratados de forma genérica, como retrato do povo que pertence. Os rapazes enfrentavam os maiores perigos pela moça.

       

- Momento Histórico

       Romantismo Indianismo : Um dos fatos que estimulou o surgimento do Romantismo no Brasil foi a proclamação da independência em 1822, onde iniciou a definição da identidade brasileira. Na Europa, o Romantismo foi buscar seu herói nos cavaleiros medievais. No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, daí então surgiu um novo herói: o índio.

       Romantismo Regionalismo : O Brasil na década de 30 passava por uma série de mudanças visando a urbanização, porém ao mesmo tempo em que São Paulo e Rio de Janeiro se expandiram e modernizaram e tinhas seus costumes influenciados pela cultura européia já a sociedade rural mantinha trações arcaicos. Essa também era a época em que romances eram publicados em folhetins, portanto os autores mostrariam esse lado mais rural brasileiro, afastado do centro imperial que preservava a cultura e costumes anteriores para o centro que estava se expandindo.

       - Obras e Autores

       Romantismo indianismo :

      Gonçalves Dias – I-Juca Pirama, Deprecação, Canto do Piaga .

      José de Alencar – O guarani, Iracema, Ubirajara

       Romantismo regionalismo :

      José de Alencar – O viajante, O sertanejo, O gaucho, O tronco do Ipê.

      Bernardo Guimarães – O garimpeiro, O ermitão Muquém.

      Visconde de Taunay – Inocência, Desconfianças .

      Martins Pena – O juiz de pais da raça, Ato primeiro.

       

- Conclusão

      Podemos concluir sobre o trabalho que o tema nos ajudou bastante, pois já tivemos umas aulas e com ele o assunto foi posto em prática. Foi fácil de fazer, procuramos em várias fontes de pesquisas para que tivéssemos mais informações. Concluímos que os temas são bem diferentes um do outro, mais tendo alguns autores em comum. Enfim, terminamos aqui nosso trabalho de terceiro trimestre.